ANTROPOTOPONÍMIA ITALIANA EM BELO HORIZONTE: O CASO DA REGIONAL BARREIRO

Autores

  • Zuleide Ferreira Filgueiras

Resumo

A experiência tem nos mostrado que é tradição, nas zonas urbanas municipais, designar os espaços públicos – ruas, jardins, parques e praças – homenageando personalidades, acontecimentos, lugares e datas relevantes da sua história local. Todavia, nem sempre os munícipes sabem, por exemplo, quem foram aquelas pessoas, ou quais eventos marcaram aquelas datas, que passaram a nomear importantes vias de circulação da cidade onde vivem. Em Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, analisando a hodonímia de seus mais de 14.000 logradouros públicos, encontramos, esparsos em diversos pontos do município, 462 designados por nomes de pessoas de origem italiana, dos quais 183 foram analisados em nossa dissertação de mestrado3 . O presente artigo tem como foco o exame de apenas 24 desses nomes, todos localizados no Barreiro, uma das 9 regionais de Belo Horizonte, com a finalidade principal de buscar entender, com base na capacidade que os topônimos têm de conservar a história e a cultura regionais, o porquê do batismo, nessa região da cidade, de bens pertencentes ao patrimônio público, com o nome de personalidades de origem italiana. O artigo averigua, além das motivações designativas, a merecida láurea dessas pessoas, o que fizeram por Belo Horizonte e, especificamente, pela Regional Barreiro e qual é a percepção dos moradores, dos 24 logradouros analisados, sobre tais personalidades.

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