TRADUÇÃO: UMA ATIVIDADE SÓCIO-CULTURALMENTE SITUADA DE RETEXTUALIZAÇÃO
Autores
Nathália Luiz de Freita
Jaciara Pizzatti Soares
Resumo
Considerando a língua como um sistema modelador de realidades , uma vez que o texto é o resultado de escolhas feitas para representar o mundo (Halliday e Mathiessen, 2004), a atividade de tradução pode ser considerada um processo de retextualização – nova representação – de material ideacional textualizado em determinada língua-fonte (Halliday e Mathiessen, 2004). Com base nessa perspectiva sobre o ato tradutório, neste ensaio são discutidas questões acerca da interpretação em tradução, da existência de um leitor ideal na construção de sentido em tradução, da pertinência em se conceber um conjunto de escolhas semântico-discursivas relativamente prédeterminadas na tradução, da relação entre a tradução literal e um tradutor ideal e da possibilidade de a identidade do tradutor definir o estilo do texto traduzido. Para tal discussão serão considerados os posicionamentos de Umberto Eco, Ian Mason, Ernest-August Gutt, Gayatri Spivak, Keith Harvey e Shoshana Blum-Kulka.