DIZERES DE UMA QUARENTENA: DEPRESSA AS FACHADAS GRITAM
Resumo
Neste texto, da perspectiva teórica da Análise de Discurso, propomo-nos a analisar como dizeres inscritos por meio de projeções em prédios no espaço citadino, durante os panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro e contra seu modo de enfrentamento da pandemia de COVID-19, produziram resistência e enfrentamento diante de uma política estatal genocida de (não)contenção do Coronavírus. Objetivamos analisar como os sujeitos citadinos produziram dizeres e panelaços de resistência e protesto a clamar pelo “Fora Bolsonaro”, pelo fim dessa política genocida legitimada pelo atual Estado brasileiro que tem na figura de Jair Bolsonaro seu “messias da morte”.
Referências
DAMAZIO, L. P. O panelaço como resistência ao político no Brasil: discurso e memória. Dissertação (Mestrado). Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2016.
DIAS, C. Sujeito, sociedade e tecnologia: a discursividade da rede (de sentidos). São Paulo: Hucitec, 2012.
ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004.
PÊCHEUX, M. Papel da memória In: ACHARD, P. [et al.]. (Org.) Papel da memória. Campinas, Pontes, 1999.
______. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Unicamp, 1997.
ROBIN, R. A memória saturada. Campinas, Editora da Unicamp, 2016.
SOUSA, L. M. A.; GARCIA, D. A.; FARIA, D. Paradigma indiciário, língua-concha, recorte e funcionamento: a metodologia em AD. Revista Línguas e Instrumentos Linguítiscos – Nº 33, 2014.