REESCRITURAÇÃO: “PATRIMÔNIO” – UM PERCURSO ENUNCIATIVO
Resumo
Este trabalho, propõe refletir sobre o movimento constitutivo dos sentidos dados à palavra patrimônio em documentos oficiais, mais especificamente na Constituição de Portugal e na segunda Carta Magna do Brasil. Pontualmente, analisamos os sentidos da palavra, em documentos oficiais do Brasil, a partir do movimento semântico que leva uma expressão ou um nome a significar no acontecimento da linguagem, bem como a sua representação no Domínio Semântico de Determinação (DSD), uma vez que concebemos a designação como um processo que se dá por considerar que a linguagem funciona por estar exposta ao real, enquanto constituída materialmente pela história. Mobilizamos para análise dos nomes os construtos teóricos da Semântica do Acontecimento (2002, 2005), de Eduardo Guimarães. O corpus se constitui de documentos oficiais, entre eles as Cartas Magnas dos anos de 1822 e 1834. A partir desta pesquisa, pretendemos observar que o processo de designação não é algo aleatório, existe um agenciamento específico da posição sujeito que nomeia, e as designações funcionam a partir de um memorável de enunciações já ditas.