EXTRA! EXTRA! A APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS NO BRASIL – MANCHETES DE UMA HISTÓRIA LINGUÍSTICA

Resumo

As questões que envolvem a aprendizagem de línguas no Brasil, de modo especial, no setor público, sempre se apresentaram como terreno movediço, cheio de muitos questionamentos, sobretudo, sobre sua (in)eficácia em se aprender uma língua “estrangeira” na sala de aula de uma escola regular. A discussão atual sobre a Medida Provisória (MP) 746/2016 para a reestruturação do Ensino Médio é mais uma a chamar atenção, por promover alterações na estrutura desse nível de ensino que impactam diretamente na oferta e obrigatoriedade do ensino de línguas. Desse modo, problematizar o discurso institucional/educacional e os efeitos de sentido que eles tomam na sociedade, mais especificamente, nos textos jornalísticos e sua abrangência de circulação, têm ganhado na esfera dos estudos linguísticos e discursivos, cada vez mais relevância, por analisar como as imagens construídas dos discursos oficiais se (re)atualizam nesses textos, nesses “comentários” (FOUCAULT, 1999), que (re)afirmam “regimes de verdade”. Aqui, pretende-se descrever como acontecem nas condições de emergência dessas manchetes, as coexistências enunciativas dos discursos oficiais sobre o processo de aprendizagem de línguas.