GRACILIANDO: O CASO PERSONATIVO DA NARRATIVA EM VIDAS SECAS

Autores

  • Raquel Barcelos Gomes

Resumo

Partimos do pressuposto de que cada obra de arte tem um princípio que articula sua estrutura e define o sentido da obra. Em Vidas Secas de Graciliano Ramos intentamos tecer algumas considerações em torno da situação narrativa, onde se faz presente o caso personativo, que rege todo o cenário artístico-literário da obra e sua interferência no modo de narração em questão.

É no âmbito desta ficção narrativa que podemos perceber uma revolução que se desprende da hegemonia dos contextos tradicionalistas. O cenário literário apresentado alberga um panorama peculiar: o narrador privilegiado, encerrado no universo da mundividência suprema, camufla os vestígios de sua presença e dá lugar a complexa mediação do cenário narrado.

O aporte teórico para a discussão em questão foi amparado pela pesquisa bibliográfica, a qual debruçou-se na tentativa de análise do ponto nevrálgico da situação narrativa que, para este estudo, se representa através da perspectiva temática elucubrada no contexto construído pelo autor.

Referências

Referências

RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 107ª edição, Rio de Janeiro: Record, 2008.

Obras Recomendadas

ARISTÓTELES. Arte Poética. Rio de Janeiro, Ediouro, 1998.

CHIAMPI, Irlemar. Barroco e modernidade: ensaios sobre literatura latino-americana. São Paulo: Perspectiva/FAPESP, 1998.

DOURADO, Autran. Uma poética de romance; Matéria de Carpintaria. 1 edição. Rio de Janeiro, Rocco, 2000.

PLATÃO. A República. 2. ed. Lisboa: Caloustre Gulbenkian, 1993.

SOUZA, Ronaldes de Melo e. Ensaios de poética e hermenêutica. Rio de Janeiro, Oficina Raquel, 2010.

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Publicado

2015-02-24

Edição

Seção

(Re)Leituras dos clássicos da linguística e da literatura