NOME DE RUA: UMA ANÁLISE SEMÂNTICO-ENUNCIATIVA
Resumo
Guimarães (2005) propõe pensar a semântica num campo epistemológico que permite ver que a linguagem fala de algo e o que se diz é construído na linguagem. Nessa perspectiva, fica configurado um novo modo de ver a relação entre sentido, sujeito e língua pela enunciação, e por seguinte, pela linguagem. Ao questionar a transparência da linguagem, o autor constitui um lugar que se possa considerar a história do sentido no tratamento da enunciação. Nesse gesto, o semanticista mantém diálogo com a Análise de Discurso e inclui a história nos estudos enunciativos. Desse modo, o linguista toma a “enunciação como um acontecimento no qual se dá a relação do sujeito com a língua” (2005, p. 8). Aqui o sujeito não é a pessoa empírica que se põe a falar, pois, para o autor, “enuncia-se enquanto ser afetado pelo simbólico e num mundo vivido através do simbólico” (idem, p.11).
Para o semanticista (Idem), nomear algo no mundo é falar segundo a deontologia do espaço enunciativo de uma língua. A nomeação se dá segundo as regularidades dos procedimentos de determinação dos nomes próprios. A capacidade referencial resulta do sentido do nome constituído por seu funcionamento no acontecimento enunciativo.
Assim, em relação aos processos de nomeação da Avenida Tancredo Neves da cidade de Cáceres - MT, identificamos a nomeação e a renomeação.
Referências
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