O DESEJO DE BARTLEBY OU BARTLEBY E SEUS SUCESSORES

Autores

  • Luciana Molina Queiroz Mestra em Filosofia pela UFMG e doutoranda em Teoria e História Literária pela Unicamp.

Resumo

Este artigo busca analisar a obra “Bartleby, o escrivão: Uma história de Wall Street” (1856), de Herman Melville, destacando seu conteúdo político. Para fazê-lo, discutimos alguns aspectos de leituras famosas de Bartleby, como as de Deleuze, Agambén, Žižek, Hardt e Negri. A intenção é mostrar, através de uma análise formalista, que o conteúdo político da novela advém do que o filósofo Theodor W. Adorno chamou de “utopia negativa”. A novela faz uma “promesse de bonheur” (promessa de felicidade) para o leitor, o que instiga a imaginação política. Ao mesmo tempo, comparamos Bartleby com obras de escritores e artistas que vieram depois dele, tais como Kafka, Beckett, Celan e Chaplin, a fim de mostrar o poder da obra de indicar as tendências da arte moderna.

Palavras-chave: Herman Melville, política,  Theodor W. Adorno, utopia negativa.

Referências

AGAMBÉN, Giorgio. Bartleby, escrita da potência. Lisboa: Editora Assírio & Alvim, 2007.

BORGES, Jorge Luis. Herman Melville: Bartleby. In: Prólogo con un prólogo dos prólogos. Madrid: Alianza Editorial, 1998, p. 177-180.

DELEUZE, Gilles. Bartleby, ou a fórmula. In: Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34, 1997, p.80-103.

HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade: doze lições. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Empire. London: Harvard University Press, 2000.

LÖWY, Michael. Franz Kafka, sonhador insubmisso. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2005.

MELVILLE, Herman. Bartleby, the scrivener: a story of Wall Street. Harper Collins Publishers, 2009.

MELVILLE, Herman. Bartleby, o escrivão: Uma história de Wall Street. Tradução de Irene Hirsch. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

SLAVOJ, Žižek. A visão em paralaxe. São Paulo: Boitempo, 2008.

Downloads

Publicado

2016-05-31