O DESEJO DE BARTLEBY OU BARTLEBY E SEUS SUCESSORES
Resumo
Este artigo busca analisar a obra “Bartleby, o escrivão: Uma história de Wall Street” (1856), de Herman Melville, destacando seu conteúdo político. Para fazê-lo, discutimos alguns aspectos de leituras famosas de Bartleby, como as de Deleuze, Agambén, Žižek, Hardt e Negri. A intenção é mostrar, através de uma análise formalista, que o conteúdo político da novela advém do que o filósofo Theodor W. Adorno chamou de “utopia negativa”. A novela faz uma “promesse de bonheur” (promessa de felicidade) para o leitor, o que instiga a imaginação política. Ao mesmo tempo, comparamos Bartleby com obras de escritores e artistas que vieram depois dele, tais como Kafka, Beckett, Celan e Chaplin, a fim de mostrar o poder da obra de indicar as tendências da arte moderna.
Palavras-chave: Herman Melville, política, Theodor W. Adorno, utopia negativa.
Referências
AGAMBÉN, Giorgio. Bartleby, escrita da potência. Lisboa: Editora Assírio & Alvim, 2007.
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