Políticas linguísticas para as línguas de imigração
uma mudança sólida em andamento?
Resumo
De acordo com Raso, Mello e Altenhofen (2011), o século XIX e a primeira metade do século XX trouxeram novos condicionamentos, causando alterações linguísticas no Sul do país, quando uma forte crise afetava os países mais pobres da Europa. Este período é caracterizado pelo trabalho livre (não escravo) de estrangeiros e seus descendentes que, assim como seus idiomas, ainda tentavam se encaixar nas exigências governamentais e poderiam ser ouvidos por todo lado. Desta maneira, a formação de grupos étnicos marcou uma consolidação dos limites territoriais. A Era Vargas, caracterizada pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e autoritarismo, configura um marco altamente nocivo às línguas de imigração, que nos faz levantar ações e estudos de Políticas Linguísticas. Para tanto, faz-se importante uma revisão de literatura sobre o tema, com o intuito de verificar as principais ações governamentais voltadas à Língua Talian como um passo necessário para a salvaguarda e manutenção desse idioma. Outrossim, trazemos como questionamento: de que se tratam as Políticas Linguísticas?; pois, pode-se dizer que ainda há uma certa indefinição sobre essa questão, cujo princípio é abarcar as ações em prol de uma língua. Para isso, nos pautamos, entre outros, nos estudos de Rajagopalan (2013), Corrêa (2014), Calvet (2007) e Lagares (2018).