ANGOLÊS

IDENTIDADE LINGUÍSTICA DOS ANGOLANOS

Autores

  • Justino Jorge José Universidade Federal do Sul da Bahia-UFSB

Resumo

No final do século XV, 1482 a 1483, com a chegada do primeiro navio de exploradores portugueses à região que hoje é Angola, a colonização ganhou força ao longo dos séculos seguintes, com a expansão do comércio de pessoas escravizadas (comércio transatlântico), minerais e recursos naturais. Isso resultou em sérios danos, econômicos, culturais, político sociais (segregação racial, desordem social, desvalorização das línguas Bantu).  Procuro analisar cuidadosamente, a evidência que mostra a existência do Angolês como uma identidade linguística dos angolanos, o percurso histórico da resistência das línguas Bantu de Angola, face o processo colonial que resultava em apagar as línguas Bantu, ou seja, a cultura Bantu (angolana) e compreender as desvalorizações na atualidade dessas línguas em Angola. Evidenciar a partir dessa política colonial o entendimento sobre as línguas como uma invenção europeia e seu impacto nas ex-colonias como um instrumento de dominação. Desse modo, na mesma linha de pensamento, busco entender que língua Portuguesa é falada em Angola e se o Português de Angola (angolês) é apenas uma variedade do Português Europeu? a partir do entendimento dos linguistas angolanos. Além disso, desconstruir a cosmovisão de que o Angolês (Português de Angola) seja apenas um continuum do Português Europeu e também de mostrar que Angolês e Pretoguês são a mesma identidade linguística.

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Publicado

2025-02-24

Edição

Seção

Artigos