CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS NA SALA DE AULA
Resumo
A escolha e o uso de determinada forma linguística dependem de fatores extralinguísticos, como geográfico, socioeconômico, sexo, e, inclusive, de crenças e atitudes linguísticas. O objetivo deste trabalho é observar as crenças e atitudes linguísticas a respeito da variação linguística expressada por alunos do ensino fundamental de duas escolas públicas de Londrina, uma da região central e outra, rural. Acreditamos na existência de uma forte influência desses fatores no ensino de Língua Portuguesa, assim, é preciso que o profissional que atua no ensino de língua leve em consideração tal influência a fim de torná-la favorável para a melhoria do aprendizado da língua.
Palavras-chave: crenças; atitudes linguísticas; variação linguística; ensino.
Referências
AGUILERA, V. de A. “Crenças e atitudes linguísticas: quem fala a língua brasileira?”In: RONCARATTI,
C.; SAVEDRA, M. M. G. Português Brasileiro. Rio de Janeiro: Faperj, 2007.
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. – São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
BORTONI-RICARDO, S. M. “Problemas de comunicação interdialetal”. In: ______ Tempo Brasileiro. – Rio de Janeiro, n.78/79, p.9-31, jul./dez., 1984.
BORTONI-RICARDO S. M. Educação em Língua Materna - A Sociolingüística na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
BRIGHT, W. “As dimensões da Sociolinguística”. In: FONSECA, M. S. V.; NEVE, M. F. (orgs.) Sociolinguística.–Rio de Janeiro: Livraria Eldorado Tijuca Ltda., 1974[1966]. (p. 17 – 23).
CORBARI, C.C. “Crenças e atitudes linguísticas de falantes de Irati (PR)” SIGNUM: Estudos Linguísticos, Londrina, n.15/1, p. 111-127, jun., 2012.
CYRANKA, L. F. de M. Atitudes lingüísticas de alunos de escolas públicas de Juiz de Fora – MG 2007. 174 f. Tese (Doutorado em Estudos Lingüísticos). – Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói.
FARACO, C. A. Escrita e alfabetização. Contexto: São Paulo, 1994.
FARACO, C. A. “Norma-padrão brasileira: desembaraçando alguns nós”. In: BAGNO, M. (org.) Linguística da norma. – São Paulo: Loyola, 2002 (p. 37-61).
GERALDI, J. W. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação. Campinas: ALB/Mercado de Letras, 1996.
GÓMEZ MOLINA, J. R. “Actitudes lingüísticas en una comunidad bilíngüe y multidialectal: area metropolitana de Valencia”. Anejo n. XXVIII dela Revista Cuadernos de Filología. Valencia, Universitat de Valencia, 1998.
ILARI, R. A lingüística e o ensino da Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
LABOV, William. Padrões sociolingüísticos. Trad. Marcos Bagno; Maria Marta Scherre; Caroline Cardoso. – São Paulo: Parábola, 2008 [1972].
LAMBERT, W.W.; LAMBERT, W. E.L. “A significação social das atitudes” In: _______ Psicologia social. 5ª ed. Trad. D. Moreira. – Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1975. (p. 98-135).
MARCUSCHI, L. A. “Oralidade e Escrita”. Signótica, v.9, n.1, p. 119-145, jan./dez., 1997.
MORALES, H. L. Sociolingüística. 2ª ed. – Madrid: Editorial Gredos, 1993.
MORENO FERNÁNDEZ, F. Principios de sociolingüística y sociología del lenguaje. Barcelona: Ariel, 1998.
MÜLLER de OLIVEIRA, G. “Brasileiro fala português: Monolinguísmo e Preconceito Linguístico”. Linguagem, v.11, nov./dez., 2009.
POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: ALB/Mercado de Letras, 1996.
PRETI, D. A gíria e outros temas. 4ª ed. Trad. T. A. Queiroz – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1984.
SANTOS, E. dos. Certo ou errado?: Atitudes e crenças no ensino de língua portuguesa. – Rio de Janeiro: Graphia, 1996.
SOARES, M. Português na escola: história de uma disciplina curricular. Revista de Educação AEC, n.101. Campinas: IEL/Unicamp, 1996.
TARALLO, F. A pesquisa sociolingüística. São Paulo: Ática. 1997.