OPERADORES ARGUMENTATIVOS E RELAÇÕES DE SENTIDO NO GÊNERO REPORTAGEM
Resumo
Resumo: O texto, compreendido como uma espécie de jogo entre os interlocutores, produz sentidos através de mecanismos próprios para este fim. Um destes recursos são os operadores argumentativos. Um texto semanticamente bem elaborado exige, por parte do usuário da língua, uma seleção adequada de elementos argumentativos a partir do repertório de que se dispõe. A linguagem publicitária, devido a sua riqueza sintático-semântica, pode se constituir em profícua fonte para análises linguísticas com os mais diversos objetivos. Com base na Semântica Argumentativa de Ducrot (1981) e contribuições da Linguística Textual de Koch (2002, 2006) examinamos ocorrências de operadores argumentativos em duas reportagens da Revista Veja, analisando o contexto linguístico-textual e os efeitos de sentido expressos. A descrição dos operadores argumentativos e as relações de sentido estabelecidas demonstram a riqueza de nuances linguísticas alcançadas através de seus usos e a possibilidade de classificações semânticas ainda não elaboradas por outros trabalhos.
Palavras-chave: Operadores Argumentativos. Efeitos de Sentido. Semântica Argumentativa.
Referências
Referências bibliográficas
ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 4. ed. Campinas: Pontes, 2005.
BAKHTIN, Mikhail M. Para uma Filosofia do Ato. Tradução, não-revisada e de uso didático e acadêmico, de C. A. Faraco e C. Tezza. 1993 [1920-24].
BECHARA, E. Moderna Gramática portuguesa. 38. ed. rev. e amp. 19ª reimp. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
CARONE, Flávia de Barros. Subordinação e coordenação: confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 1993.
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48.ed. rev. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
DUCROT, Oswald. Princípios de Semântica Lingüística. São Paulo: Cultrix, 1972.
_________. Provar e dizer: linguagem e lógica. Com colaboração de M. C. Barbault e J. Depresle. Trad. Maria Aparecida Barbosa, Maria Fátima Gonçalves Moreira e Cidmar Teodoro Pais. São Paulo: Global, 1981.
_________. O dizer e o dito. Campinas, São Paulo: Pontes, 1987.
FÁVERO, Leonor Lopes & KOCH, Ingedore G. Villaça (1994). Lingüística Textual: uma introdução. 3ª ed. São Paulo: Cortez.
GUIMARÃES, Elisa (1990). A articulação do texto. São Paulo: Ática. (Série Princípios).
KOCH, Ingedore G. Villaça . Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 1984.
KOCH, Ingedore G. Villaça & Travaglia, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo:
Contexto, 1986.
KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 1999.
_________. Argumentação e Linguagem. São Paulo: Cortez, 2002.
_________. Desvendando os Segredos do Texto. 5 .ed. São Paulo: Cortez, 2006.
_________. A Coesão Textual. 21.ed. São Paulo: Contexto, 2007.
MAINGUENEAU, Dominique. Pragmática para o discurso literário. Trad. Marina Appenzeller. Revisão da trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.