A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL: ACÚMULO, RAREFAÇÃO E CONJURAÇÃO
Resumo
O artigo propõe primeiramente apresentar alguns elementos que marcaram a história dos discursos relativos às pessoas com deficiência, evidenciando que se trata de uma história amalgamada com a história da loucura segundo a retratou Foucault (2017). A ideia é estabelecer relações entre esses discursos e sua captura pelo dispositivo de normalização, representado por uma rede de poder/saber que age sobre os indivíduos, tornando-os objetos e sujeitos desta ação, a qual toma a política de valorização das diferenças e a conforma segundo os moldes de uma sociedade capitalista e neoliberal. Com efeito, o presente texto, que também se vê alicerçado em preceitos bakhtinianos, aponta para o possível escape à essa rede através do ato singular fruto do encontro assimétrico que a relação com “o diferente” propicia, tendo em vista o “potencial exotópico” (BAKHTIN, 2011) da política de educação inclusiva.Referências
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