MINHAS MEMÓRIAS: CONSIDERAÇÕES SOBRE A AUTOBIOGRAFIA POÉTICA DE JORGE DE LIMA1
Resumo
Em Apresentação de Jorge de Lima, José Fernando Carneiro observa que a crítica brasileira não dera à obra limiana o devido reconhecimento. Outros poetas que admiramos já receberam o aplauso merecido e a posteridade nada terá a acrescentar. Mas, no caso de Jorge de Lima, há ainda muita coisa a ser descoberta, enigmas a decifrar, beleza que os contemporâneos apenas pressentiram. (CARNEIRO, 1958, p. 13-14). Nas duas últimas décadas, no entanto, a obra de Jorge de Lima tem sido “redescoberta” a partir de uma série de estudos feitos principalmente nas universidades. No âmbito da poesia, destacam-se os estudos de Fábio de Souza Andrade, O engenheiro noturno: a lírica final de Jorge de Lima (1997); José Niraldo de Farias, O surrealismo na poesia de Jorge de Lima (2003); Luciano Marcos Dias Cavalcanti, Invenção de Orfeu: a “utopia” poética na lírica de Jorge de Lima (2007). Em relação à prosa limiana, sobretudo aos seus quatro romances,4 ressaltam-se as dissertações de Willian Roberto Cereja, O anjo caído: fisionomia da ficção de Jorge de Lima (1994) e de Simone Cavalcante de Almeida, Cartografias de um lugar imaginário: uma travessia pelo romance Calunga de Jorge de Lima (2008).5 Além desses títulos, destaca-se também a Revista Teresa (2002), importante publicação da Universidade de São Paulo que dedicou um número integralmente à obra de Jorge de Lima.Downloads
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